Um sentimento ligeiramente inexpressivo me ataca nesse momento de forma sorrateiramente inquietante.o que era o vazio agora já não tão vazio assim,porém está longe da possibilidade de se tornar cheio. ela se foi. e em meio a psicodelia,inseparável esposa do rock progressivo escrevo esse texto no qual me entremeia as lembranças de seu cheiro,seu cabelo encaracolado, sua boca embaraçando-se a minha e adocicando-a , o ar quente e desritmado que sai de sua boca e permeia a minha enfim, nos tornamos um só deixando escapar segredos e confidências, compartilhando intimidades e experiências aumentando o aprendizado e as vivências mútuas desbravando um o interior do outro. Quando estou junto a ti, desfrutando de tal intimidade pareço estar aproveitando de uma visita à  um universo paralelo e quando a revelo tal idéia, ela me supreende dizendo que eu realmente estou em outro universo fazendo-me sentir de forma surreal que o meu feliz mundo de ilusões é plausí­vel e que ela me acompanha nessa louca jornada. porém a falta que ela me faz nesse momento, a tão desejada companheira de viagens, é imensamente maior do que o meu desejo de não voltar desse mundo mágico. ela é a porta de entrada desse mundo.sem ela não há visitações; sem a boca dela pra falar ao meu ouvido e sem o encontro dos nossos olhos não há viagem, sem sua boca tocar a minha essas portas também fazem questão de me deixar e se juntarem a ela.