acabei de ler um blog e esse ato me lembrou de como eu abandonei o meu;
sinto como se tivesse abandonado minha própria essência.
a via que dissipava de forma imprescindível minhas energias através de textos ridiculamente lisérgicos.
em razão disso penso que tenho uma dívida comigo mesmo porque quando eu escrevia tais textos,
os mesmos eram reflexões acerca de tudo o que estava acontecendo e agora vejo que eu
apenas vivi,vivi sem raciocinar.
Um sentimento ligeiramente inexpressivo me ataca nesse momento de forma sorrateiramente inquietante.o que era o vazio agora já não tão vazio assim,porém está longe da possibilidade de se tornar cheio.
ela se foi.
e em meio a psicodelia,inseparável esposa do rock progressivo escrevo esse texto no qual me entremeia as lembranças de seu cheiro,seu cabelo encaracolado, sua boca embaraçando-se a minha e adocicando-a , o ar quente e desritmado que sai de sua boca e permeia a minha enfim, nos tornamos um só deixando escapar segredos e confidências, compartilhando intimidades e experiências aumentando o aprendizado e as vivências mútuas desbravando um o interior do outro.
Quando estou junto a ti, desfrutando de tal intimidade pareço estar aproveitando de uma visita à um universo paralelo e quando a revelo tal idéia, ela me supreende dizendo que eu realmente estou em outro universo fazendo-me sentir de forma surreal que o meu feliz mundo de ilusões é plausível e que ela me acompanha nessa louca jornada.
porém a falta que ela me faz nesse momento, a tão desejada companheira de viagens, é imensamente maior do que o meu desejo de não voltar desse mundo mágico.
ela é a porta de entrada desse mundo.sem ela não há visitações;
sem a boca dela pra falar ao meu ouvido e sem o encontro dos nossos olhos não há viagem,
sem sua boca tocar a minha essas portas também fazem questão de me deixar e se juntarem a ela.
as vezes a falta de assunto pra escrever pode ser um problema.
não hoje, não agora.não pra mim.
você que longe de mim está; tão longe e tão próxima;
próxima a ponto de eu ver vc em mim a 250 kilômetros de distância.
visão tão nítida que até me atordoa com seus pixels televisionados em seus verdes olhos,olhos de ressaca.
e meu coração chega a bater mais forte só de ter essa visão,louca visão e mesmo tendo,querendo,devendo fazer outras coisas eu odiaria deixar tão charmosa alucinação.tanto que ela chega a me fazer afagos e passar a noite comigo me amando, me tendo(sem duplos sentidos),me possuindo nu e cru em pêlo em um colchão de solteiro e me deixa sorrateiramente 1 minuto antes de eu acordar.
mesmo quando eu tive a sensação de que fui observado enquanto dormia todo o tempo,toda a noite a noite toda,logo depois de retirar o véu de tua face ó morena, e senti que você me olhava ao dormir.
e quando percebi tudo foi um sonho bom e só a melancolia e saudade me restaram de companhia juntamente com o vento frio da manhã e minhas obrigações fúteis de bom cristão.
E daí só restou o palhaço,aflito e só.
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